quinta-feira, 30 de abril de 2015

le Muguet




  



























Na França, no dia 1º de maio, as pessoas trocam entre si "brins de muguet" a florzinha branca e perfumada que, segundo os franceses, traz felicidade.
Amanhã ela estará por toda parte, em pequenos quiosques, bancas, baldes pelo chão e principalmente nas mãos das pessoas, nas lapelas dos paletós. Flor efêmera do início da primavera, sua floração coincide com o dia do trabalho, 1º de maio.
Conta a história que na época do Renascimento era hábito nesse dia oferecer a amigos um raminho de flores para afastar a maldição do inverno.
Em 1560 o rei Charles IX visitava a Drôme quando lhe ofereceram um "brin de muguet".
Encantado, o soberano a partir do ano seguinte começou a oferecer estes raminhos às damas da corte como talismã.
Em 1900, na mesma data, grandes costureiros franceses ao final de um desfile de modas, distribuíram muguets às suas clientes.
O costume estava difundido e o muguet para sempre associado ao dia do trabalho.

"Que ce brin de muguet te porte bonheur".

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Niki de Saint Phalle

Muitos conhecem as célebres "nanas" da artista franco-americana Niki de Saint-Phalle, mas poucos já ouviram falar do seu Jardim dos Tarôs.
Este lugar fantástico e surpreendente, único no mundo, fica em Capalbio na província de Grossetto no extremo sul da Toscana.
Se sua viagem a Toscana começa por Roma e se você gosta de arte moderna este jardim é uma parada obrigatória.
Depois de uma visita ao Parque Guell em Barcelona, do artista Gaudí, em 1955, Niki de Saint Phalle decidiu construir o seu "jardim". Os trabalhos iniciados em 1979 e completamente autofinanciados, contaram com a ajuda de seu marido Jean Tinguely e de vários amigos artistas. Neste imenso jardim privado estão representados os 12 principais arcanos do tarô, sob a forma de esculturas gigantes de 12 a 15 metros, feitas em poliéster pintado e concreto armado e recobertas de mosaicos de vidro, espelho, cerâmicas coloridas e murano.
Ali você não tem uma visita guiada. Por desejo da artista o público deve ter inteira liberdade de descobrir suas obras e de interpretá-las.
Um muro separa o "jardim" dos campos a fim de separar a realidade do dia a dia, da fascinante magia atemporal do "jardim".
Passeando pelo espaço você encontrará:

O Mágico coberto de pedaços de espelho

A Grande Papisa de cuja boca jorra uma cascata

A Força, o Sol, a Morte, o Mundo, o Louco etc...

Se hoje em dia Niki não está mais entre nós, seu jardim ficou como legado simbolizando o sonho e o trabalho de toda uma vida.

 






















quinta-feira, 16 de abril de 2015

Le Sergent Recruteur



Um sucesso a transformação do Sergent Recruteur de restaurante "engana turista” em um local sofisticado e de ótima qualidade.
Um dos projetos de Cédric Naudon, aliás o único que parece ter dado certo, o Sergent é um sucesso em 3 níveis:
No sub-solo uma sala privativa para pequenos grupos de até 10 pessoas com sua vitrine de carnes maturadas. No nível da rua o bar com seus pães, queijos. Ao fundo, a sala propriamente dita. Dois menus "à l'aveugle" são propostos no almoço, 65 euros (5 pratos), 95 euros (7 pratos) e à noite, um único menu de uns 12 pratos a 115 euros.
O conceito é simples, fazer algo bom, verdadeiro, saudável, utilizando produtos de primeiríssima qualidade.
É uma boa opção quando se está em grupo e se quer um ambiente privado, sofisticado, sem ser pretencioso.















terça-feira, 14 de abril de 2015

Bastide Clairance et Sauveterre


Fundado em 1314 por Luis I, rei de Navarra e futuro rei de França, com o objetivo de abrir uma passagem para o mar, o village da Bastide Clairence se distingue de outros pela diversidade de sua população e da mistura de religiões de seus habitantes.
São refugiados da Espanha fugidos da Inquisição, peregrinos de Saint Jacques de Compostelle e judeus portugueses que ali se instalaram. Percebe-se no entanto que se está no País Basco pelas fachadas das casas com suas janelas vermelhas ou verdes.































Sauveterre, o próprio nome indica que este sempre foi um village de "sauvegarde". Sua aparência militar lembra o papel estratégico que desempenhou por sua situação entre o Béarn, a Navarra e a Aquitania. O nome Sauveterre designa um tipo de povoamento típico do século XI as "sauvetés". Um espaço delimitado por cruzes, permitindo à população se agrupar sob a proteção do clero. "Salva Terra", Terre Sauve.
A igreja, o castelo, a ponte e as torres só foram construídas no século XIII.
O village é passagem obrigatório dos peregrinos de São Tiago de Compostela provindos de Orthez.
Hospitais, conventos e capelas abrigavam os peregrinos.