quinta-feira, 28 de agosto de 2014

château Fombrauge, o mais midiático dos châteaux.....

O nome Fombrauge vem de duas palavras: fons e brogiera, que quer dizer fonte ladeada por vegetação. Estas fontes que deram nome a Fombrauge ainda existem, o que explica a presença de um "lavoir"no meio das "vignes".
A história deste vinhedo está ligada a 3 famílias ; os Canolle, os Dumas, os Taffard e vem desde 1466.
Em 1987 Fombrauge foi vendido a uma empresa dinamarquesa e durante 12 anos seus vinhos passaram a ser vendidos somente ao mercado escandinavo.
Em 1999 a vinícola foi vendida a Bernard Magrez e a partir dai o nome Fombrauge passa a ser associado a um vinho de grande qualidade, um Grand Cru Classé e a grandes jogadas de marketing orquestradas por seu novo dono.
Além de ser associado a seus vinhos o nome de Bernard Magrez  remete também à arte.
Grande colecionador de arte contemporânea e apaixonado por música clássica, o Instituto Cultural Bernard Magrez instalado em 4 endereços de prestígio, tem cada um a sua especialidade:

No Château Pape Clément se realizam os colóquios e encontros culturais e artísticos.

No Château La Tour Carnet são realizados encontros literários.

No Château Fombrauge se dão concertos e ateliers de música erudita e sacra.

No Hôtel Labottière, no coração de Bordeaux, estão expostas obras da coleção particular de Magrez, e ali se realizam exposições itinerantes de arte contemporânea.

A inauguração de um hôtel-restaurant no château Labottière está prevista para o final de 2014 e reunirá pela primeira vez, o homem dos “40 châteaux” , Bernard Magrez,  e o chef estrelado Joel Robuchon.
A conferir.....


















quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Le Peninsula.....





Paris conta agora com um novo "palace".

Desde 1º de agosto, depois de 4 anos de obras monumentais, o novo hotel foi aberto ao público. Em plena Avenue Kléber, perto do arco do Triunfo, dois imponentes leões montam guarda de um lado e de outro de uma imponente escadaria. Talhados em pedra, pesando cada um 4,6 toneladas, os dois felinos acolhem há alguns dias viajantes e curiosos que passam pelo local. Postados tradicionalmente nas portas de templos, de palácios e de moradias nobres, simbolizam felicidade e prosperidade.
Paris é o primeiro endereço europeu deste grupo hoteleiro chinês, que já possui 10 outros hotéis ao redor do mundo.
Para seduzir sua clientela, os leões da sorte não bastam. A família Kadoorie, proprietária da marca, tem um slogan: "a perfeição está no detalhe". Mármores exclusivos, folhas de ouro para recobrir as 'boiseries", mosaicos de "pâte de verre", tudo executado pelos melhores "ouvriers de France".
Do Rolls Royce Phanton II de 1934 que estará à disposição dos hóspedes, ao "sèche-ongles" integrado ao "dressing"de cada quarto, o Peninsula tem por ambição redefinir o conceito de luxo contemporâneo.





terça-feira, 26 de agosto de 2014

tour Saint Jacques



Au carrefour de la rue de Rivoli et du boulevard Sébastopol à Paris,  la tour Saint-Jacques est l'objet de nombreuses fascinations.




Por muito tempo inacessível, este monumento parisiense construído no século XVI, estará aberto à visitação pública até 28 de setembro.
Do alto de seus 54 metros se tem a sensação de poder tocar a catedral de Notre-Dame. Na esquina da rue de Rivoli com o boulevard Sébastopol, no IV ème arrondissement, a Tour Saint-Jacques, este edifício gótico sempre despertou a curiosidade dos parisienses. Reaberta no ano passado depois de 9 anos de restauração esta é a oportunidade, para quem está em Paris, descobrir uma das mais belas vistas da "cidade luz" depois, é claro, da Tour Eiffel.
Outrora campanário da igreja Saint-Jacques-de-la-Boucherie, a torre era utilizada como local de culto dos comerciantes parisienses. Depois da revolução a igreja foi fechada e destruída sendo posteriormente vendida com uma cláusula que impedia a destruição da torre, na época o ponto mais alto da cidade de Paris.
Subir seus 300 degraus numa escada em espiral, não é para qualquer um, mas a vista que se descortina assim que se chega lá em cima compensa.




Tour Saint-Jacques (Paris IVe), du vendredi au dimanche, de 10 heures à 17 heures, jusqu'au 28 septembre.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cordeillan-Bages

Passeando em Pauillac, uma ótima opção é almoçar em Cordeillan-Bages. Situado entre a Gironde e o Oceano Atlântico, na "route"dos châteaux do Médoc, esta "chartreuse" do século XVII é um " havre"de paz, tranquilidade e prazer. 
Com uma decoração sóbria e um bom atendimento, pode-se descobrir e apreciar a arte do chef Jean-Luc Rocha, duas estrelas no guia Michelin, Meilleur Ouvrier de France. 
Vizinho do Château Lynch-Bages, grand cru classé, este Relais et Châteaux nos proporciona momentos de grande prazer saboreando os melhores produtos de sud-ouest.

 











Château Cordeillan-Bages
Route des Châteaux  33250 Pauillac
Tel : +33(0)5 56 59 24 24 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Beychevelle

 Em Pauillac,  uma outra visita muito agradável é a que se faz ao château Beychevelle. Agende com antecedência e você será recebido por uma guia que, com um pequeno grupo, dará início ao tour.
Muito mais simples do que Mouton Rothschild ou Baron Pichon, mas não menos interessante, a visita começa na "cuverie" onde nos mostram as cubas, passando pelo "chais" e seguindo pelos jardins do château. "Comme d'habitude" se encerra com a degustação, onde provamos 3 vinhos.
O primeiro château foi construído em 1565 pelo abade François de Foix-Candale que o deixou, como herança, à sua sobrinha esposa de Jean-Louis de Nogaret de la Valette, primeiro duque d'Épernon, grande almirante da França e governador da Guiana. O Duque d’Épemon se tornou proprietário do château no início de século XVII e seu poder na região era tal que os barcos que passavam em frente à propriedade eram obrigados a "baixar velas" em sinal de respeito, o que deu o nome ao "domaine", Baisse Voile, que se transformou em Beychevelle.
O castelo restaurado em 1757 pela família de Brassier, Baron de Beychevelle,  iniciou a elaboração de vinho no decorrer do século XVIII, mas é na dinastia da família Achille-Fould que Beychevelle se tornou um vinho de prestígio.
Restaurado recentemente voltando ao classicismo de suas origens Beychevelle é sem dúvida um dos mais belos castelos do "bordelais".
Os atuais proprietários atuais são os grupos Castel e Suntory.




















Château Beychevelle
33250 Saint-Julien-Beychevelle
05 56 73 20 70
Ouvert à la visite sur rendez-vous

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

musée Soulages




Le Musée Soulages vu du toit du complexe cinématographique voisin et dans l'axe, la cathédrale de Rodez.


Dois meses apenas depois de sua abertura o museu Soulages em Rodez já é um grande sucesso.
Mais de 60.000 pessoas já o visitaram e a bilheteria ultrapassa os 400.000 euros.
Veja a matéria no blog :


Assista ao filme :

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

la chapelle d'Étretat......

 A capelinha no alto das falésias de Étretat está à venda. 
O anuncio da imobiliária faz qualquer um sonhar. "Silhueta de pedra"se destacando na paisagem com vista deslumbrante de um dos mais conhecidos cartões postais da França : a capela de Notre Dame de la Garde tem tudo para seduzir os amantes da natureza.
Açoitada pelos ventos, sobre a falésia de Étretat, ela reina absoluta numa das paisagens mais conhecidas da Normandia.
Muitos foram os interessados mas sempre com propostas comerciais, instalar ali, uma boîte, um restaurante....
Exemplos bem sucedidos não faltam, em La Rochelle a fachada da igreja do Vieux-Port é na realidade um hotel Ibis, em Nantes a boîte Le Marlowe abriu suas portas na antiga igreja Saint-Aubin.
Mesmo criticados estes projetos acabam vingando pois são uma forma de preservar os monumentos.

A conferir no que se transformará a bela igrejinha....





























quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Bertillon





La devanture du magasin Berthillon, au 31, rue Saint-Louis en l'île, dans le 4ème arrondissement de Paris.

Aos 90 anos, morreu essa semana em Paris, Raymond Berthillon, fundador da sorveteria mais famosa da cidade, na île Saint-Louis. Não se preocupem os aficcionados pois Berthillon soube transmitir sua paixão à família e seus sucessores.. Nascido em 1923 na Yonne, era filho de "boulangers" e, durante muitos anos, esta também foi sua profissão.
Aos 30 anos era dono, com sua sogra, de um pequeno café-hôtel, Le Bourgogne, situado no numero 31 da rue Saint-Louis en l'Île. Um belo dia ele resolveu restaurar uma turbina de fazer sorvete comprada alguns anos antes.
Mal sabia ele que este seria o início da saga de sua família. Usando produtos de primeira qualidade, passou a elaborar sorvetes artesanais e fazer grande sucesso. Os sabores são os mais variados numa média de 70 por ano.
Em 1961 são citados no guia Gault et Millau. Daí em diante o sucesso foi mundial.
Hoje ainda, tudo é fabricado "sur place", no mesmo endereço, mas a casa cresceu e atualmente oferece um salão onde os sorvetes podem ser degustados. Por incrível que pareça eles mantém a tradição de fechar durante quase todo o mês de agosto apesar de ser o auge do verão e das férias.








segunda-feira, 11 de agosto de 2014

une légende.....Mouton Rothschild

Em 1853 o barão Nathaniel de Rothschild adquiriu os vinhedos, que junto com Lafite e Latour, formavam a imensa propriedade do "prince des vignes" Nicolas Alexandre de Ségur, dando-lhe o nome de Mouton Rothschild. Durante anos, apesar da reconhecida qualidade dos vinhos elaborados na propriedade, a família não se interessou em vir morar numa região tão afastada de Paris.
Quase 30 anos depois, em 1922, o barão Philippe de Rothschild, bisneto do barão Natanhiel, tomou as rédeas do domaine, dedicando-lhe toda a sua vida. Sua filha única Philipinne o sucedeu e hoje em dia com mais de 80 anos a baronne apenas preside o conselho ajudada por seus filhos.
Uma das características das etiquetas do Mouton, uma verdadeira assinatura visual, são os rótulos criados por artistas da época: Miró, Chagall, Braque, Picasso, Tapiès, Francis Bacon, Dali, Balthus, Jeff Koons e até  mesmo o príncipe Charles.
Os artistas tem total liberdade de criação mas alguns temas foram mais utilizados: a "vigne", o prazer de beber, e o "bélier", emblema de Mouton Rothschild.
A visita a esta vinícola é possível mediante marcação prévia, mas me decepcionou. São 2 horas de explicações bastante técnicas, em grupos grandes, passando por todas as etapas da vinificção.
O ponto alto, é a visita ao museu da vinícola, que apresenta belíssimas peças sempre ligadas ao tema do vinho. A última etapa e a mais interessante são as salas onde estão expostos os croquis e esboços feitos por todos os artistas até chegar ao rótulo final.
 Grande decepção a degustação, quando nos serviram 3 Primeurs, vinhos que ainda não tinham atingido a maturidade. Faltou desfrutar um maravilhoso Mouton Rothschild. Fica para a próxima.