Eles se amaram apaixonadamente e seus textos são o
testemunho desse amor. Em cada época houve um casal célebre com sua arte
do discurso amoroso.
Na Idade Média, Abelard e Heloïse, a paixão espiritual. A paixão entre o mestre e sua aluna contrariando o tio da moça que castra o rapaz. Os dois se refugiam em conventos e iniciam uma correspondência amorosa.
Na Idade Média, Abelard e Heloïse, a paixão espiritual. A paixão entre o mestre e sua aluna contrariando o tio da moça que castra o rapaz. Os dois se refugiam em conventos e iniciam uma correspondência amorosa.
"Fujo para longe de ti,
evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente
te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória
e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo."
Carta de Abelardo a Heloísa.
"É certo que quanto maior é a
causa da dor, maior se faz
a necessidade de para ela
encontrar consolo, e este
ninguém pode me dar, além de ti.
Tu és a causa de minha pena,
e só tu podes me proporcionar conforto.
Só tu tens o poder de me entristecer,
de me fazer feliz ou trazer consolo."
Carta de Heloísa a Abelardo
evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente
te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória
e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo."
Carta de Abelardo a Heloísa.
"É certo que quanto maior é a
causa da dor, maior se faz
a necessidade de para ela
encontrar consolo, e este
ninguém pode me dar, além de ti.
Tu és a causa de minha pena,
e só tu podes me proporcionar conforto.
Só tu tens o poder de me entristecer,
de me fazer feliz ou trazer consolo."
Carta de Heloísa a Abelardo
No século das Luzes, Diderot e Sophie Volland, uma doce
paixão. Durante 20 anos eles se correspoderam de maneira mais
intelectual que sensual. Nenhuma carta de Sophie chegou aos nossos dias,
mas do filósofo temos 187 exemplares.
"Não posso ir embora daqui sem dizer-te algumas palavras. Então, minha querida, tu esperas muito de mim: segundo dizes, tua felicidade, tua própria vida dependem do meu amor eterno!
Não temas, minha querida Sophie; ele perdurará e tu viverás e serás feliz. Até hoje, jamais cometi um crime e não pretendo começar. Sou todo teu tu és tudo para mim; amparar-nos-emos em todas as vicissitudes que o destino decidir nos inflingir; suavizarás minhas dores; eu te confortarei nas tuas. Ah! Quisera sempre poder ver-te tal como tens sido nos últimos tempos! Quanto a mim, precisas admitir que sou exatamente o que era no primeiro dia em que me viste.
Não é mérito meu, mas, para ser justo comigo mesmo, é preciso que te diga isso. Um dos efeitos das boas qualidades é serem percebidas com mais intensidade a cada dia. Fica certa da minha felicidade a tuas qualidades e do valor que lhes atribuo. Nenhuma paixão foi tão amparada pela inteligência quanto a minha. A verdade, minha querida Sophie, é que és adorável! Examina a ti mesma vê como mereces ser amada e sabe que te amo muito. Esse é o padrão invariável dos meus sentimentos.
Boa noite, minha querida Sophie. Sou tão feliz quanto um homem pode ser, pois sei que sou amado pela melhor das mulheres".
Não temas, minha querida Sophie; ele perdurará e tu viverás e serás feliz. Até hoje, jamais cometi um crime e não pretendo começar. Sou todo teu tu és tudo para mim; amparar-nos-emos em todas as vicissitudes que o destino decidir nos inflingir; suavizarás minhas dores; eu te confortarei nas tuas. Ah! Quisera sempre poder ver-te tal como tens sido nos últimos tempos! Quanto a mim, precisas admitir que sou exatamente o que era no primeiro dia em que me viste.
Não é mérito meu, mas, para ser justo comigo mesmo, é preciso que te diga isso. Um dos efeitos das boas qualidades é serem percebidas com mais intensidade a cada dia. Fica certa da minha felicidade a tuas qualidades e do valor que lhes atribuo. Nenhuma paixão foi tão amparada pela inteligência quanto a minha. A verdade, minha querida Sophie, é que és adorável! Examina a ti mesma vê como mereces ser amada e sabe que te amo muito. Esse é o padrão invariável dos meus sentimentos.
Boa noite, minha querida Sophie. Sou tão feliz quanto um homem pode ser, pois sei que sou amado pela melhor das mulheres".
No século XIX, Victor Hugo e Juliette Drouet, o adultério
exaltado. São aproximadamente 22.000 cartas, às vezes 2 por dia durante
50 anos trocadas entre a artista Juliette Drouet e o autor dos
Misérables, Victor Hugo.
"Olho para o passado com embriagues, mas não é com menos deslumbramento que encaro o nosso futuro. Eis nos, agora, um do outro para todo o sempre, sem ansiedades, sem inquietações, sem angústias. Atravessámos e vencemos tudo o que era mau e que poderia ser fatal. Estamos na plena posse dos nossos dois destinos fundidos num só. O nosso amor não terá a frescura dos primeiros tempos, mas é um amor posto à prova, um amor que conhece a sua força, e que mesmo para além do túmulo, espera ser infinito. O amor, quando nasce, só vê a vida, o amor que dura vê a eternidade".
No século XX, Aragon e Elsa Triolet, a febre do engajamento.
Eles se encontram no La Coupole em 1928 e se casam em 1939 participando ativamente da resistência francesa. Em 1942 o poeta publica Les Yeux d'Elsa um canto de amor à sua mulher.
Eles se encontram no La Coupole em 1928 e se casam em 1939 participando ativamente da resistência francesa. Em 1942 o poeta publica Les Yeux d'Elsa um canto de amor à sua mulher.
"As razões de amar e de viver variam como as estações do ano."
"O futuro do homem é a mulher. Ela é a cor da sua alma."
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